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CEO da Citroën diz que febre dos SUVs já tem data para acabar; entenda

Para o diretor da Citroën os SUVs estão com os dias contados, já que as características da carroceria não são favoráveis aos elétricos

Para CEO da Citroën, os SUVs estão com os dias contados (Foto: Divulgação/Citroën)

Em entrevista, o CEO da Citroën na França, Vincent Cobée, afirmou que a ascensão dos veículos elétricos contribuirá para a redução da popularidade dos SUVs, uma vez que os utilitários esportivos têm autonomia prejudicada devido ao peso e à aerodinâmica pouco favorável.

Aerodinâmica e peso são pontos que dificultam a transformação dos SUVs em elétricos eficientes (Foto: Divulgação/Citroën)

SUVs com dias contados? Executivo da Citroën afirma que sim

Não há como negar: o segmento de utilitários esportivos tem atraído cada vez mais adeptos. Engana-se quem acha que trata-se de uma tendência restrita a algum mercado em específico, como o Brasil, por exemplo.

A alta popularidade dos utilitários esportivos é uma febre mundial, com destaque para os SUVs compactos, categoria que tem sido a opção para quem deseja um automóvel mais versátil.

Porém, para o CEO da Citroën na França, Vicent Cobée, a alta procura por SUVs está com os dias contados. A afirmação foi feita em uma entrevista cedida à revista Auto Express. De acordo com o executivo, a maior procura por veículos elétricos será o fator responsável pelo declínio da categoria no futuro.

Ele afirma que o alto peso e a aerodinâmica pouco favorável dos utilitários esportivos são características muito prejudiciais a um veículo elétrico. Dessa forma, os futuros modelos zero emissão de carbono devem ser apresentados em carroceiras mais leves e com alto nível de atenção para a aerodinâmica, como hatches e sedãs, respectivamente.

Ainda de acordo com Cobée, a aerodinâmica de um SUV pode prejudicar o alcance entre 50 e 80 km, quantidade alta para um segmento que ainda sofre com a falta de estrutura pública para recarga.

Ele também afirma que não acredita ser viável a implementação de baterias maiores em SUVs para compensar a perda de autonomia, devido ao alto peso delas.

Popularização dos carros elétricos será uma das responsáveis por restringir a oferta de SUVs (Foto: Divulgação/Citroën)

Além disso, outro fator que pode contribuir para a baixa adesão aos SUVs daqui a um tempo é a proposta que a França estuda aprovar, de tributar os automóveis por peso em ordem de marcha.

O executivo afirma que, há 50 anos, um automóvel comum pesava cerca de 700 kg. Hoje, um modelo convencional pesa, em média, 1.300 kg. O aumento está relacionado tanto ao maior nível de segurança dos veículos, quanto ao incremento de itens de conforto e tecnologia.

Dessa forma, o próximo passo para promover um futuro eletrificado é desenvolver maneiras de render maior autonomia para os veículos. Uma das estratégias que devem ser adotadas é justamente a redução de peso, algo que não combina com a carroceira de utilitário esportivo.

O CEO da montadora francesa finaliza o raciocínio informando que, se a indústria se limitar aos SUVs como carroceria principal, o segmento de elétricos terá dificuldade de se promover, uma vez que não haverá clientes dispostos a pagar um alto valor por um veículo com baixo nível de autonomia.

Na visão do executivo da Citroën, SUVs serão mais raros na era dos elétricos (Foto: Divulgação/Citroën)

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